Por Guilherme Parizio
Lendo e tentando compreender o argumento do autor. Muito bem escrito, porém ainda não me convenceu totalmente. Vamos ver se ao final da leitura os últimos resquícios de esquerdismo serão desenraizados de mim!
Na verdade hoje me considero de centro-esquerda, defendendo, claro, os princípios cristãos. Seria eu um "conservador de esquerda"? O próprio termo parece incoerente. Mas não consigo me identificar com muitos dos postulados da chamada direita. Como já tive oportunidade de falar aqui, fui comunista aos 13 anos. Comecei a ler Marx e autores socialistas (através da teologia da libertação) com essa idade. Na verdade um pouco antes. Lembro que meu pai chegou lá em casa lá por volta de 83-84 com um livro chamado "CUBA PARA PRINCIPIANTES" que afirmava que a ilha de Fidel era o paraíso na terra! O livro era todo ilustrado e de fácil leitura e aí comecei a me encantar com o sistema. Eu devia ter uns 10 para 11 anos. Doutrinação infantil!
Discuti muito em sala de aula com professores conservadores. Inclusive quase mato Prof Gilberto, do antigo colégio S. Judas Tadeu, do coração (ele passou mal mesmo). Ele era militar reformado do exercito e defendia o golpe de 64, que chamava de REVOLUÇÃO de forma veemente (mentira, revolução tem que partir do povo e não das mesmas forças oligárquicas que sempre se perpetuaram no poder). Metia o pau em Arraes e em Jarbas, que na época eram aliados, e chamava todos de comunistas!
Bons tempos! Mas me arrependo de muita coisa.
Bons tempos! Mas me arrependo de muita coisa.