domingo, 4 de abril de 2010

Contra Toda Falta de Esperança (Mensagem de Páscoa)


Por Guilherme Parizio


Os discípulos estão novamente reunidos. Haviam se dispersado na noite da prisão de Jesus. Mas, para onde ir? Todos estavam confusos e atordoados. Nada fazia sentido. Tudo aquilo que aprenderam com o mestre parece que não tinha mais utilidade. Teriam sido três anos inúteis? Três anos de investimento que não deu em nada? Tudo parecia indicar que sim, pois o fim tinha sido desastroso. Tinham em vista o saldo de dois mortos: um discípulo, exatamente o traidor e aquele em que haviam depositado toda a sua confiança e que lhes havia feito tantas promessas. Um fim melancólico para uma história que parecia que nunca teria fim, mas não muito diferente de tantas outras que já haviam ouvido ou mesmo presenciado. Muitos já haviam se arrogado o título de Messias, o libertador do povo judeu. E todos, a semelhança desse, haviam igualmente perecido de morte ignomínia.

Mas esse parecia tão diferente. Suas palavras ardiam como fogo. Seu olhar transmitia ao mesmo tempo confiança e ternura. Sem falar nos sinais, que em todos causava espanto. Sim, esse homem era diferente. O que deu errado?

Reunidos novamente. Precisavam tentar descobrir juntos o que havia dado errado. Tentavam reviver aqueles momentos de comunhão que o Mestre lhes proporcionava de forma tão agradável. Mas sem ele nada mais fazia sentido. Havia um imenso vazio. Talvez fosse hora de se dispersar novamente e voltarem as suas vidas normais. Pedro não mais pescaria homens. Quem sabe Mateus conseguiria sue emprego de volta? Era o fim de um sonho.

Batidas na porta. Seria a guarda romana ou os judeus que viam para prende-los? A voz de Maria Madalena se faz ouvir. A porta se abre e ela anuncia algo inusitado. Pedro e João não esperam para ouvir os resto. É hora de correr para confirmar todas essas coisas. Mas em seus corações sabiam que aquilo tudo era verdade. Uma nova história. Um novo começo. Cristo Ressuscitou! Aleluia! Contra toda falta de esperança.

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